Katy Perry assume seu lado Smurfete
A comédia 3D “Smurfs 2″, que mistura animação e atores reais, é na verdade o filme da Smurfete. Ela está no centro de toda a ação. “A sequência tem muito mais Smurfete”, confirma sua famosa dubladora, cantora e agora atriz Katy Perry, em entrevista para a imprensa mundial em Cancún, México. “A trama é sobre de onde ela vem, suas raízes. É uma jornada emocionante que me deixou surpreendentemente vulnerável.”
Katy diz que a personagem a tocou, pois acredita ter muito em comum com a pequena Smurfete. “Ela é carinhosa, gentil e cuida dos outros Smurfs, e eu faço isso com meus amigos e minha família. Acho que ela é bem profunda”, disse a cantora, que no começo da carreira chamava atenção por usar cabelos na cor dos Smurfs.
Em “Os Smurfs 2″, a personagem de Katy é raptada por Gargamel (Hank Azaria, de “Amor e Outras Drogas”), que criou uma nova raça de criaturas endiabradas, os Danadinhos, e Smurfete é a chave para transformá-los em Smurfs reais. O filme conta ainda com a presença de Neil Patrick Harris (série “How I Met Your Mother”) e Jayma Mays (série “Glee”) como personagens de carne e osso, além das vozes de Christina Ricci (série “Pan Am”) e J.B. Smoove (“Inatividade Paranormal”) como os Danadinhos, e Jonathan Winters em seu último filme, dublando o Papai Smurf.
Nos quadrinhos belgas originais, Smurfete também é uma criação de Gargamel. Por isso, ela é a única mulher entre os 99 Smurfs. Só que seu coração foi smurfado pela ternura dos outros personagens, e ela passou a viver na pequena vila secreta com os demais Smurfs. Katy Perry acredita que sua vida não foi muito diferente. Metaforicamente falando, é claro. “Ela passou por um turbilhão de emoção e eu me identifico com ela, principalmente com esse desejo de descobrir quem eu sou e de onde eu vim, e quem eu quero ser quando crescer”, explicou a cantora atriz.
Na trama, Smurfete se angustia por saber sua origem, criada como uma armadilha para os Smurfs. “Meu personagem enfrenta o dilema de enfrentar suas origens. Já que não podemos fazer nada sobre as circunstâncias do nosso nascimento, podemos mudar a nossa personalidade de uma forma positiva”, ponderou a cantora, que também mudou sua personalidade para se tornar uma cantora de sucesso.
A “origem” problemática de Katy não foi num laboratório, mas numa família muito religiosa, que a proibia de fazer tudo o que pudesse ser divertido, como assistir desenhos animados e ouvir músicas de Madonna. Quando ela era pequenina, não podia nem ver “Os Smurfs”. “Você pode imaginar? Madonna e Smurfs como tabu?”, brinca a popstar, hoje em dia.
“Nunca vi nada de errado com os Smurfs, mas meus pais eram muito particulares sobre o que podia ser visto na televisão. Eu acho que há um monte de valores familiares incríveis para se aprender com esses tipos de filmes e os considero um presente para as crianças”, contou. No filme, porém, Gargamel cria os Danadinhos para levar Smurfete a se tornar uma Smurf pivete. “Eles tentam levá-la para o lado negro”, explica o diretor Raja Gosnell. “O filme é uma luta tradicional entre o bem e o mal.”
Esta batalha também evoca a montanha-russa emocional de Perry, que se afastou da fé cristã de sua família e passou a questionar suas crenças, o que perturbou seus pais, ambos pastores pentecostais. “Quando eu estava me tornando uma adolescente, comecei a experimentar as coisas que eles não concordavam”, recordou Katy. Inicialmente, a família ficou chocada, como quando sua música “I Kissed a Girl” estourou no rádio, dizendo que ela tinha beijado uma garota e gostado.
Mas a cantora não guarda rancor dos pais, pelo contrário. “Eu amo e respeito minha família. Sou constantemente irritada por eles, mas acho que é a dinâmica da maioria das famílias”, compara. Ainda hoje ela lembra que sua vontade de cantar começou, ainda criança, só para implicar com a irmã.
“Eu sou a filha do meio e, de certa forma, você está sempre competindo contra seus irmãos mais velhos. Eu lembro que um dia minha irmã chegou em casa depois de passar duas semanas com seus padrinhos e trouxe uma fita demo, e eu também quis gravar”, explicou. “Então, eu convenci a minha mãe que eu era a única filha que precisava de aulas de canto”, contou, dizendo que começou a cantar na Igreja.
Com uma infância incomum para cantoras pop, Perry também confessou que era muito agitada quando criança. “Eu literalmente costumava agir como um chimpanzé”, brincou. “Mas devo admitir que aquela coragem e impulso que eu tive quando pequena me ajudaram a alcançar a vida que eu tenho agora”.
Agora, a cantora quer acrescentar mais uma habilidade em seu currículo: atuação. Após o sucesso do primeiro filme dos Smurfs, Perry percebeu que a transição do palco para a cabine de gravação seria orgânica. “Eu amei fazer esses filmes de animação, uma vez que é um gênero que proporciona muita felicidade e boas emoções para o público, inclusive para mim”, ela diz.
O próximo passo é mostrar também a cara, e ter peito para atuar. Mas está nos seus planos.
A cantora, inclusive, já participou de episódios das séries “How I Met Your Mother” e “Raising Hope”. Ela também acredita que suas performances no palco são uma espécie de interpretação. “Eu gosto de interpretar personagens no palco. Eu tenho diferentes lados e facetas de minha personalidade e eu gosto de brincar com todos eles”, contou.
Entre as atrizes atuais, Perry diz preferir Amy Poehler (série “Parks and Recreation”), Tina Fey (série “30 Rock”), Kristin Wiig (série “Arrested Development”) e Melissa McCarthy (“As Bem Armadas”), enfatizando que adora comédias auto-depreciativas. “Eu estou mais interessada em comédia com personagens auto-depreciativos, mas gostaria de ser desafiada pelo drama”, revelou.
“Não é fácil, entretanto, porque não é qualquer um que pode fazer isso” confessou. “Mas se Ridley Scott entrar em contato comigo para interpretar a Rachel na continuação de ‘Blade Runner’, eu não vou hesitar”, soltou, revelando um grande desejo.
Em “Os Smurfs 2″, Katy comentou que a criação da Smurfete foi inspirada em sua própria voz, um pouco mais acelerada e agitada, como se tivesse tomado várias xícaras de café. “Fazer a voz de Smurfete foi muito interessante, porque eu foi uma parte da criação da personagem nos filmes, adicionando pequenas nuances de quem ela se transforma na tela grande. Ela tem a minha voz, mas de um jeito mais rock, que é como se eu tivesse tomado muitas xícaras de café em um dia”, contou.
Em países onde se fala inglês, o filme tem sido divulgado com grande apelo à voz de Katy Perry, mas em territórios como o Brasil, a publicidade tende a ser outra. “O filme não deve ser comercializado como um filme de Katy Perry na França, Portugal, Grécia ou qualquer outro país em que o lançamento for dublado”, comentou o diretor Raja Gosnell (“Os Smurfs”).
“Nós até procuramos em cada território por alguém que tivesse uma qualidade semelhante à Katy para dublar a Smurfete”, acrescentou o produtor Jordan Kerner (“Os Smurfs”).
No Brasil, a personagem é dublada pela cantora Juliana “Jullie” Vasconcelos, da série “Quando Toca o Sino”, do Disney Channel. Ela também dubla a personagem Vanessa na animação “Phineas e Ferb”.
Mas Katy lançou uma ideia mais interessante. “Eu poderia simplesmente aprender todas as línguas”, brincou entusiasmada com o lançamento do filme em outros países, para que a dublagem não perdesse o seu charme. E a voz de Katy Perry talvez seja um dos poucos charmes de “Smurfs 2″, que consegue ser inferior ao primeiro longa. Os fãs da cantora, que não encontrarem cópias legendadas nos cinemas, sempre podem esperar para ouvi-la quando sair o Blu-ray.
Fonte: Pipoca Moderna e CD
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